[Ainda sobre a semana passada]
O dilema no momento é perceber o evoluir da “crise que nos atormenta”. Esta pandemia, que o Mundo acabou por decifrar como “COVID-19”, não podemos ainda nas referências que lhes fazemos, saber exatamente como se iniciou, muito menos ainda, como se livrará o Mundo dela. Mas o seu impacto inabalável é “tortuoso, angustiante e acultural”, pois nos tortura com as preocupações diárias de números que não chegamos a perceber se batem certo, pois se um dia tira, outro dia põe, porque repetiram dados daqui e dali, o certo é que avolumamos em cada dia que passa preocupações por nós e pelos outros e que nos torturam pelo medo da sua proximidade em cada segundo que passa, de forma angustiante e que envolve Pessoas, Famílias, o País e o Mundo. Aquilo que sempre foi o motivo maior de distinção do nosso Povo, a alegria esfuziante de saber ser, saber estar e saber receber, recebe agora instruções, que por prudência e por cautela, para a minha defesa e dos outros, nos fazem separar do abraço, do beijo e do cheiro com que nos apaixonamos pelo Ambiente, pelas Pessoas, sejam do Interior ou do Litoral, como que numa espécie de desmantelamento da nossa forma de estar e que ainda não conseguimos aferir revolucionará certamente os nossos valores Culturais, a nossa forma de estar e as nossas tradições. Temos bons motivos para reflectir e fazendo-o tentar perceber porque é que se “vencemos a Terra, vencemos o Mar, e a Estratosfera”, onde se produz o “ozónio, mesmo entre a troposfera e a mesosfera”, não conseguimos ainda criar a barreira necessária a uma propagação manhosa, sem aviso e com um percurso sinuoso e imperceptível desta “praga maldita”. Um dia saberemos porquê, mas que seja rápido, antes que seja tarde… Entretanto e porque esta realidade tem um impacto que a todos afecta, nomeadamente na Economia: Nacional, Regional e Doméstica, a actualidade obriga-nos a reflectir para um conjunto de dados que vão do encerramento de actividades e de muitos empregos até à esperança de recuperação e melhores dias. A verdade nua e crua não deverá em nome da responsabilidade de todos andar distante da realidade. Daí que preocupante é o alerta que prudentemente o Economista Eugénio Rosa nos deixa: “Centenas de milhares de desempregados inscritos nos centros de emprego foram eliminados dos registos sem divulgação da razão”, afirmando que o Instituto Nacional de Estatística eliminou 245 mil desempregados dos números oficiais do desemprego. Ora os números são números e é pelo seu abatimento que nos devemos bater TODOS sem excepção. Não podemos, nem se pode é, em função das circunstâncias colocar uma vírgula mais “á esquerda” na realidade, como que as dificuldades não nos toquem a TODOS. No momento de dar a volta à situação, pede-se é verdade, confiança e ausência de “malabarismos”, a bem do esforço comum para o qual TODOS somos convocados.
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Na semana que passou pudemos ver, entre muitos assuntos, o reconhecimento do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, num ‘webinar’ sobre os desafios e oportunidades para a educação do futuro, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria, que a solução do ensino à distância para o terceiro período letivo é um “remendo”, sublinhando que não substitui o trabalho presencial. “Não pensemos que o que aconteceu neste terceiro período, e está a acontecer, é uma mudança paradigmática na educação. É um remendo para poder levar este ano letivo até ao fim e agora interessa-nos estarmos num trabalho de preparação para o próximo ano letivo”, referiu.
O secretário de Estado falou sobre os constrangimentos colocados pelo modelo que substituiu as atividades presenciais, suspensas devido à pandemia da COVID-19, e sobre as lições para o futuro. Não pode contudo é esquecer-se que está por fazer aquilo que constitui a prometida “nova agenda digital”. Os afamados “Magalhães”, que deram título à “Revolução Tecnológica” para as Escolas, foram esquecidos e já lá vão mais de dez anos, havendo, neste momento, uma ESCOLA sem investimento qualificado nesta área e no absolutamente necessário parque informático (PI), justamente reclamado pelos principais Dirigentes das Escolas Públicas. Veremos, em breve, o que de verdade contém o anúncio feito pelo Primeiro Ministro de Portugal, na apresentação do PEES-Plano Estabilização Económica e Social, relativo aos 400 milhões de euros para a “Escola Digital”. As Escolas não se debateram, por isso, apenas com o problema maior que foram as consequências da “pandemia COVID-19”, confrontaram-se também com um PI obsoleto e desadequado, registando-se, no recurso ao Ensino à distância, a vantagem dos meios adequados e de uma harmonização de métodos de ensino que facilite naturalmente a concentração dos Alunos nos espaços digitais o que nem sempre acontece. Por fazer, está ainda o reconhecimento efetivo, quanto a mim, do trabalho militante neste capítulo das Escolas e dos Professores, que se “auto-transformaram”, usando os seus próprios recursos num Ensino à distância “que mesmo assim ajudou a suprimir muitos problemas”. Todavia o Ensino terá que assentar sempre no olhar do Professor e do Aluno, num selo de compromisso de fazer da Educação o motor principal da revolução em qualidade para qualquer País. Na área da Saúde fica o registo da pública intervenção do SMZS-Sindicato Médicos da Zona Sul sobre a "demissão pelo Conselho de Administração do Hospital Garcia da Horta de Almada e que ocorreu após o diretor do serviço de Ginecologia e Obstetrícia ter manifestado o seu desagrado perante a diretriz emanada pelo diretor Clínico do hospital - que acumula também o cargo de diretor do serviço de Infeciologia de forma ilegal - de internar na mesma enfermaria grávidas com e sem infeção por COVID-19, apesar de existirem vagas em serviços exclusivamente destinados a doentes" infetados com o vírus. Refere o SMZS que, com esta atitude, o presidente do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta "evidencia o caráter estranho e autoritário de uma demissão por “delito de opinião” l", a que se juntam de 2019 as demissões de 10 Chefes de Equipa de Urgência e outros tantos Internistas. De acordo com o SMZS, os tempos de bloco operatório foram drasticamente reduzidos, nomeadamente para os serviços de ginecologia e obstetrícia, ortopedia e neurocirurgia, que têm acesso ao bloco apenas de três em três semanas. Apontando muitas questões preocupantes e que contendem com a resposta à “Crise da Pandemia COVID-19”, manifestando como todos nós a preocupação com os muitos Doentes de várias especialidades remetidos para adiamentos de tratamentos e intervenções cirúrgicas fica-nos a preocupação geral das respostas encontradas e das alternativas de “remeter doentes via Cheque-Cirurgia” para outras Unidades de Saúde particulares. Nada contra, não fora o sucesso reconhecido em trabalho que não noutra qualquer compensação, dos Profissionais colocados na “frente de batalha”, ficando deste modo sem sombra de dúvida debilitado o “seu mérito” a partir do Serviço Nacional de Saúde, cujas respostas devem saber ser encontradas urgentemente. Se a “moda e o estilo pegam” vamos ter que tratar rapidamente da “saúde deste tipo de intervenção que de gestão recomendável nada tem”. Apresentado que foi no dia 03 de Junho de 2020 o “PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA para PORTUGAL”, pelo Presidente do Partido Social Democrata e pelo Presidente do Conselho Económico Social, Rui Rio e Joaquim Miranda Sarmento, veio a Senhora Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, dizer no “podcast do PS, Política com Palavra”, que, para já, o Governo ainda não olhou para as propostas do PSD, mas admite tê-las em conta. O PSD afirma-se, deste modo, pela positiva, olhando sempre (e em primeiro) para o País e as suas principais necessidades. Percebendo-se agora por “interpostos e novos intérpretes” como o “para ministro e gestor” Costa Silva, que afirma ser preciso mais Estado na economia, o presidente do PSD, Rui Rio surpreendido com a ideia defendida pelo gestor, sublinhou que não se pode ter Estado por todo o lado, e afirmou que “o que precisamos é justamente de menos Estado.” Finalmente, e por Fernando Negrão do PSD, em intervenção na AR, quanto à criação de uma Comissão Eventual para acompanhar a resposta à crise provocada pela pandemia, que o PSD votou favoravelmente, justificando muito bem que : “O que está em causa é o parlamento cumprir o seu dever no sentido de monitorizar todas as situações e atos legislativos levados a cabo durante a pandemia, e os dinheiros públicos usados no seu combate”. |
Firmino MarquesDeputado da XIV Legislatura. Histórico
March 2022
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