Na semana que passou pudemos ver, entre muitos assuntos, o reconhecimento do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, num ‘webinar’ sobre os desafios e oportunidades para a educação do futuro, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria, que a solução do ensino à distância para o terceiro período letivo é um “remendo”, sublinhando que não substitui o trabalho presencial. “Não pensemos que o que aconteceu neste terceiro período, e está a acontecer, é uma mudança paradigmática na educação. É um remendo para poder levar este ano letivo até ao fim e agora interessa-nos estarmos num trabalho de preparação para o próximo ano letivo”, referiu.
O secretário de Estado falou sobre os constrangimentos colocados pelo modelo que substituiu as atividades presenciais, suspensas devido à pandemia da COVID-19, e sobre as lições para o futuro. Não pode contudo é esquecer-se que está por fazer aquilo que constitui a prometida “nova agenda digital”. Os afamados “Magalhães”, que deram título à “Revolução Tecnológica” para as Escolas, foram esquecidos e já lá vão mais de dez anos, havendo, neste momento, uma ESCOLA sem investimento qualificado nesta área e no absolutamente necessário parque informático (PI), justamente reclamado pelos principais Dirigentes das Escolas Públicas. Veremos, em breve, o que de verdade contém o anúncio feito pelo Primeiro Ministro de Portugal, na apresentação do PEES-Plano Estabilização Económica e Social, relativo aos 400 milhões de euros para a “Escola Digital”. As Escolas não se debateram, por isso, apenas com o problema maior que foram as consequências da “pandemia COVID-19”, confrontaram-se também com um PI obsoleto e desadequado, registando-se, no recurso ao Ensino à distância, a vantagem dos meios adequados e de uma harmonização de métodos de ensino que facilite naturalmente a concentração dos Alunos nos espaços digitais o que nem sempre acontece. Por fazer, está ainda o reconhecimento efetivo, quanto a mim, do trabalho militante neste capítulo das Escolas e dos Professores, que se “auto-transformaram”, usando os seus próprios recursos num Ensino à distância “que mesmo assim ajudou a suprimir muitos problemas”. Todavia o Ensino terá que assentar sempre no olhar do Professor e do Aluno, num selo de compromisso de fazer da Educação o motor principal da revolução em qualidade para qualquer País. Na área da Saúde fica o registo da pública intervenção do SMZS-Sindicato Médicos da Zona Sul sobre a "demissão pelo Conselho de Administração do Hospital Garcia da Horta de Almada e que ocorreu após o diretor do serviço de Ginecologia e Obstetrícia ter manifestado o seu desagrado perante a diretriz emanada pelo diretor Clínico do hospital - que acumula também o cargo de diretor do serviço de Infeciologia de forma ilegal - de internar na mesma enfermaria grávidas com e sem infeção por COVID-19, apesar de existirem vagas em serviços exclusivamente destinados a doentes" infetados com o vírus. Refere o SMZS que, com esta atitude, o presidente do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta "evidencia o caráter estranho e autoritário de uma demissão por “delito de opinião” l", a que se juntam de 2019 as demissões de 10 Chefes de Equipa de Urgência e outros tantos Internistas. De acordo com o SMZS, os tempos de bloco operatório foram drasticamente reduzidos, nomeadamente para os serviços de ginecologia e obstetrícia, ortopedia e neurocirurgia, que têm acesso ao bloco apenas de três em três semanas. Apontando muitas questões preocupantes e que contendem com a resposta à “Crise da Pandemia COVID-19”, manifestando como todos nós a preocupação com os muitos Doentes de várias especialidades remetidos para adiamentos de tratamentos e intervenções cirúrgicas fica-nos a preocupação geral das respostas encontradas e das alternativas de “remeter doentes via Cheque-Cirurgia” para outras Unidades de Saúde particulares. Nada contra, não fora o sucesso reconhecido em trabalho que não noutra qualquer compensação, dos Profissionais colocados na “frente de batalha”, ficando deste modo sem sombra de dúvida debilitado o “seu mérito” a partir do Serviço Nacional de Saúde, cujas respostas devem saber ser encontradas urgentemente. Se a “moda e o estilo pegam” vamos ter que tratar rapidamente da “saúde deste tipo de intervenção que de gestão recomendável nada tem”. Apresentado que foi no dia 03 de Junho de 2020 o “PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICA para PORTUGAL”, pelo Presidente do Partido Social Democrata e pelo Presidente do Conselho Económico Social, Rui Rio e Joaquim Miranda Sarmento, veio a Senhora Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, dizer no “podcast do PS, Política com Palavra”, que, para já, o Governo ainda não olhou para as propostas do PSD, mas admite tê-las em conta. O PSD afirma-se, deste modo, pela positiva, olhando sempre (e em primeiro) para o País e as suas principais necessidades. Percebendo-se agora por “interpostos e novos intérpretes” como o “para ministro e gestor” Costa Silva, que afirma ser preciso mais Estado na economia, o presidente do PSD, Rui Rio surpreendido com a ideia defendida pelo gestor, sublinhou que não se pode ter Estado por todo o lado, e afirmou que “o que precisamos é justamente de menos Estado.” Finalmente, e por Fernando Negrão do PSD, em intervenção na AR, quanto à criação de uma Comissão Eventual para acompanhar a resposta à crise provocada pela pandemia, que o PSD votou favoravelmente, justificando muito bem que : “O que está em causa é o parlamento cumprir o seu dever no sentido de monitorizar todas as situações e atos legislativos levados a cabo durante a pandemia, e os dinheiros públicos usados no seu combate”.
0 Comments
|
Firmino MarquesDeputado da XIV Legislatura. Histórico
March 2022
Categorias |