por Ângelo Azenha Médico Dermatologista O aparecimento de vacinas com eficácia comprovada e a implementação de um programa de vacinação eficaz e com uma adesão excecional dos portugueses, permitiu que a grande maioria da população esteja hoje muito mais resistente (por estar vacinada) e melhor adaptada ao vírus.
Estamos portanto num patamar superior , com melhor capacidade de defesa relativamente ao vírus, inexistente no ano anterior. Tal facto confere aos portugueses uma tranquilidade muito maior para eventuais futuras exposições. Tanto quanto nos assegura o conhecimento científico, a disseminação galopante da variante Omicron, com um aumento exponencial do número de casos positivos, confirma ser mais contagiosa mas, por outro lado, menos agressiva para as pessoas com o esquema vacinal completo. É admissível, que neste momento, nos encontremos numa fase epidémica de uma doença respiratória por SARS Cov 2, perfeitamente expectável no inverno e para a qual nos preparamos bem, cumprindo o programa de vacinação implementado. Assim, para bem da comunidade, a estratégia dos decisores políticos para enfrentar a situação presente, terá necessariamente de ser alterada e de se adaptar a esta nova realidade , sob pena de caminhar para o caos e mais grave, para o possível colapso do SNS. Utilizar todos os meios disponíveis para repetir, repetir, repetir... e reafirmar a importância vital da vacinação para todos os portugueses, como proteção eficaz para evitar a doença grave. Confirmar o certificado digital atualizado, como comprovativo indispensável para todas as situações que impliquem contactos alargados. Afigura-se como prudente e recomendável ponderar a suspensão da testagem massiva, cuja continuidade a curto prazo não será exequível, aconselhar os testes PCR para os casos suspeitos e os testes rápidos para os contactos familiares. Manter o uso preventivo de máscara (preferencialmente FP2/KN 95) em todas as situações de contacto com outras pessoas fora do ambiente familiar, incluindo na rua e no local de trabalho. É indispensável uma comunicação adequada, objetiva, sucinta e credível da situação atual, da parte dos dirigentes políticos, que não alarme ou encaminhe as pessoas para o Serviço de Urgência dos Hospitais e antes as aconselhe a recorrer, em primeiro lugar, ao SNS 24 e/ou ao seu médico de família, que em caso de necessidade, procederá ao envio direcionado para o Hospital.
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Firmino MarquesDeputado da XV Legislatura. Deputado efectivo na CP Parlamentar da "Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local" , participando também nas CP's dos "Assuntos Europeus" e "Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto". Arquivo
March 2023
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