por Miguel Soares Finalmente, conclusões e decisões! A administração da TAP nomeada pelo governo há menos de dois anos, para o quadriénio 2021-24, já foi decepada pelo próprio governo que a nomeou! Com estrondo! Embora o Ministro das Finanças diga que é um despedimento com “justa causa”, para não pagar indemnizações, é certo que vamos ter novo folhetim jurídico a arrastar-se pelos tribunais nos próximos anos! E, atenção! Garcia Pereira já se posiciona para defender os despedidos…Uma grande “barraca”, cujas consequências políticas estão ainda no “adro da igreja”. Parece evidente que se prepara um círculo sanitário à volta de Costa para o proteger e isentar de responsabilidades. A presente “entourage” socialista tudo fará para incriminar Pedro Nuno dos Santos e safar Medina e Costa! “Queimadinha da Silva” está Alexandra Reis, a CEO e o Chairman, transformados em saco de boxe para levar porrada, como ónus da tramóia…
Já é certo que o país não ganhou nada com a renacionalização da TAP, pelo contrário, perdeu e muito! O problema estava resolvido, o Estado estava fora daquela imundice consumidora de dinheiros públicos, mas a rendição ao PCP e BE, aquando da geringonça, deitou tudo por terra! Depois de mais de 3 mil milhões de euros gastos na renacionalização e outros 4 mil milhões no custo da recapitalização, Costa “abriu os olhinhos” e rendeu-se a nova privatização! É um camaleão político, camufla-se e transmuta-se conforme os ventos e as marés e tenta passar pelo meio dos pingos da chuva…mas as circunstâncias estão a mudar! Entretanto, a propósito dos abusos sexuais perpetrados na Igreja, a Conferência Episcopal conseguiu gelar o país com mais uma saída “genial” ao não assumir a suspensão dos padres implicados, na sequência do relatório da comissão que fez o levantamento das vítimas por abusos sexuais. Os crentes estão “à toa”, não compreendem e a Igreja pôs-se a jeito para enfardar uns “puxões de orelhas” nos tempos mais próximos… Ninguém repara na Marinha? Em 3 meses já apanhou mais droga no mar português do que ao longo de todo 2022…Gouveia e Melo está a cumprir ao que veio, a pôr a Marinha no radar do quotidiano. Tem havido duras batalhas no alto mar para identificar e apanhar as lanchas voadoras, mas os fuzileiros tem sido inexcedíveis! E os submarinos também! Como é que que se vigia um navio no alto mar durante 2 ou 3 dias? Só com os furtivos submarinos…ainda há quem diga mal dos submarinos portugueses?… Entretanto, “a leste nada de novo”! Mais míssil, menos míssil, a guerra na Ucrânia arrasta-se, Bakmuth ainda resiste, morre-se estilhaçado às dezenas (há quem jure que é às centenas!…), a destruição é cataclísmica e prossegue conforme previsto. Até quando? É legítimo perguntar!
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por Afonso Oliveira Deputado da Assembleia da República A economia portuguesa registou nas duas primeiras décadas do séc. XXI um crescimento anémico (ou praticamente inexistente). Em média 0,5% ao ano. O ritmo de crescimento económico (antes do surto pandémico) colocou Portugal num caminho de empobrecimento e a comparar muito mal com os países da Coesão.
Os Governos Socialistas inicialmente em geringonça e agora em maioria absoluta, têm tido a grande responsabilidade de alimentar o empobrecimento e a ausência de uma estratégia para o país. Portugal caminha assim a passos largos para a cauda dos países europeus em termos de criação de riqueza e de condições de vida das populações. É neste cenário que surge a pandemia, que cria naturalmente dificuldades adicionais e que traz à superfície a debilidade do sistema de saúde, a qualidade dos serviços públicos, a impotência do sistema de justiça, isto para referir apenas alguns exemplos. Para olharmos para os próximos 2 a 3 anos, é fundamental ponderarmos os riscos que poderemos ter que enfrentar e as oportunidades que não estamos em condições de desperdiçar. A guerra que a Rússia de Putin resolveu travar com a Ucrânia veio criar um clima de enorme instabilidade e de incerteza face ao futuro. Já sentimos na pele uma forte aceleração da inflação, o crescimento dos custos com a energia, grandes dificuldades na cadeia de fornecimento de produtos alimentares básicos (os cereais produzidos na Ucrânia são talvez o melhor exemplo). Acresce ainda a subida das taxas de juro, com efeitos imediatos nas prestações de crédito à habitação e nos juros da divida pública. Estes são alguns dos principais ingredientes que contribuem para que os portugueses registem uma forte quebra de poder de compra e de rendimento real. É da reação europeia que chega o Plano de Recuperação e Resiliência (mais de 16 mil milhões de euros), que soma ao PT2020 e ao PT2030. Só com uma aposta forte na inovação e na modernização da economia será possível criar mais e melhor emprego. O Governo português perdeu uma grande oportunidade de criar um plano focado no crescimento económico e no apoio claro às empresas e ao investimento produtivo. Em vez de desenhar o PRR à medida do que o país precisa, definiu um plano centrado no estado e não na economia e nas empresas. Temos um PRR à imagem do Governo Socialista. Mas apesar de não corresponder ao plano mais adequado para o país, o Governo não pode falhar na sua concretização. O Governo não tem o direito de falhar. Este é o tempo em que deveríamos ter um Governo mais capaz, mais competente, com uma estratégia bem definida para o país. A verdade é que não temos esse Governo e este é um dos grandes riscos que devem ser considerados quando pensamos no horizonte da legislatura. Vivemos tempos de enorme incerteza. Vivemos tempos de forte imprevisibilidade. Vivemos tempos de grandes desafios. Mas também vivemos num tempo que exige determinação, competência, sentido de urgência. O que todos temos que fazer pelo país e pelos portugueses exige vontade, esperança, confiança e exige claramente uma alternativa a uma governação que tem assumido o empobrecimento como uma fatalidade. O centro de um bom Governo terá quer ser sempre os portugueses, todos os portugueses. |
Firmino MarquesDeputado da XV Legislatura. Deputado efectivo na CP Parlamentar da "Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local" , participando também nas CP's dos "Assuntos Europeus" e "Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto". Arquivo
March 2023
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